quinta-feira, agosto 31, 2006

SOBRE A HUMILDADE

Billy Blanco escreveu um poema ("A banca do distinto"), que transcrevo a seguir. Ele foi dado a conhecer por Carlos Oswaldo Pinto, a quem agradeço.

A Banca do Distinto



Não fala com pobre, não dá mão a preto

Não carrega embrulho

Pra que tanta pose, doutor

Pra que esse orgulho

A bruxa que é cega esbarra na gente

E a vida estanca

O enfarte lhe pega, doutor

E acaba essa banca

A vaidade é assim, põe o bobo no alto

E retira a escada

Mas fica por perto esperando sentada

Mais cedo ou mais tarde ele acaba no chão

Mais alto o coqueiro, maior é o tombo do côco afinal

Todo mundo é igual quando a vida termina

Com terra em cima e na horizontal.

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