terça-feira, abril 24, 2007

Bíblia de Estudo Batalha Espiritual e Vitória Financeira

Uma "Bíblia de Estudo" que tenha como focos os temas "Batalha Espiritual e Vitória Financeira", assim juntos, não é para ser usada pelos justos.
Não li e não gostei, mas fiquei envergonhado.

sexta-feira, abril 20, 2007

WALDEMIRO TYMCHAK (1937-2007), UM POEMA

Quem olha para o alto em meio ao choque da informação
("Waldemiro Tymchak acaba de falecer")
ainda vê o arco-íris com suas cores em floração
que agora se forma onde ossos olhos não podem ver.

Mesmo inacabado, posto o soneto que estou escrevendo em homenagem a Waldemiro Tymchak:

O HOMEM QUE CHORAVA PELA CAUSA CERTA

Quem olha para o alto em meio ao choque da informação
("Waldemiro Tymchak acaba de falecer")
ainda vê o arco-íris com suas cores em floração
que agora se forma onde nossos olhos não podem ver.

Perde toda a nossa humanidade um cidadão
que chorava pela causa que lágrimas precisa merecer
quando se tem no peito um missionário coração:
a sombra da graça de Deus sobre a terra se estender

No Alto, o Pai recebe o silencioso e reverso trovão
setenta anos depois de enviado para anunciar
que só em seu Filho Jesus há plena e eterna salvação

Deixa-nos o arauto um compromisso: a mesma missão:
com nosso corpo, como o seu, até à exaustão,
para que o mundo creia, o nome de Cristo proclamar.

(Israel Belo de Azevedo, 20.4.2007)

WALDEMIRO TYMCHAK (1937-2007)

Nesta madrugada de 20 de abril (que dia já triste!), faleceu Waldemiro Tymchak, por mais de 25 anos secretário-executivo da Junta de Missões Mundiais da Convenção Batista Brasileira.
Não vai sair nas páginas dos jornais, mas morreu um herói nacional. Nas palavras bíblicas aqui cabíveis, tombou um gigante, um gigante de classe mundial.
Mas ele não era um gigante por causa do cargo que ocupou com brilho por mais de 25 anos, mas por causa da visão que tinha de um mundo amado pelo Deus missionário, por causa do modo como tratava (respeitosamente sempre!) as pessoas. Estas são as marcas de um gigante, que Waldemiro Tymchak nunca ostentou, mas as teve.
Foi o que vi nos muitos encontros que tivemos, nas muitas mensagens que ouvi dele, em nossa viagem pela China (só fui, pois foi ele quem me convidou; e não vou realizar um sonho: fazer uma viagem com ele pela Índia).
P.S.: Faltou dizer uma coisa: ele amava o Seminário do Sul, onde se formou em 1965.

sexta-feira, abril 13, 2007

O QUE PENETRA EM NOSSOS CORAÇÕES

Postei a seguinte mensagem para meus alunos da Academia da Alma (www.seminariodosul.com.br/distancia):

"Estamos sempre em busca de uma teofania (um aparecimento de Deus como a Moisés na sarça).
Deus é o mesmo, mas nós não somos Moisés.
Será que, em lugar de buscar a "nossa" sarça, não queremos a sarça "de" Moisés? Deus não fala a cada um de nós de modo diferente? Se nosso amigo hora uma hora por dia todo dia, temos que orar uma hora também?"

Gosto de pensar, embora geralmente o esqueça, que a comunhão que buscamos com Deus não pode ter modelos prontos. Claro: saber como:
o irmão Lourenço orava, como Davi encontrava Deus na poesia que cantava à noite para espantar os lobos,
como Agostinho deixava Deus preencher o vazio de sua alma,
como João da Cruz mergulhava na intimidade com Deus,
como Lutero encontrou a paz com Deus enquanto lia o Novo Testamento,
como Juliana da Noruega se entregava a Deus como se entregasse seu corpo a um homem,
como Dietrich Bonhoeffer entendia sua própria na leitura da Palavra de Deus numa cela onde Deus não parecia estar,
como Thomas Merton meditava sobre o mundo a partir da sua clausura,
como José de Miranda Pinto esperava as respostas de Deus às suas orações
como Hélder Câmara reunia forças a partir sua reflexão numa cama tosca num quarto tosco,
como Alceu Amoroso Lima tirava alegria de sua disponibilidade para Deus,
como Martin Luther King Jr pensava no compromisso que sua fé lhe ditava,
como Larry Crabb teve uma conversa com a alma enquanto esperava uma cirurgia para o seu câncer,

é muito,
muito,
muito bom,
mas devemos buscar a Deus como nós somos para ser o que não somos a partir de onde estamos.

EM TEMPO: Sendo bem pessoal: Deus sabe: só a beleza (de um poema, de um canto, de uma frase, de uma onda na praia, de uma brisa na floresta, de um pássaro in/visível) penetra o meu coração, árido para outras expressões tão queridas aos outros.

quarta-feira, abril 04, 2007

AS GRAVATAS DO RABINO

Com todo respeito ao rabino Henry I. Sobel e com toda a graça que devemos desejar para ele, não dá para não suspeitar que a atitude da imprensa seria outra se o furto das gravatas fosse cometido por um pastor ou mesmo por um padre.

Leitor da Folha de S. Paulo, leio as cartas daqueles que saíram em defesa do rabino, exaltando-lhes as virtudes. Eu os saúdo sincera e efusivamente. Amigo é exatamente pra isso, não para dar as costas a quem precisa de costas que o sustentem.

ISRAEL BELO DE AZEVEDO

segunda-feira, abril 02, 2007

GOL MIL

O alardeado mas inexistente gol mil de Romário sobre o Botafogo no Maracanã me fez lembrar uma história de Garrincha.
Conta-se que o técnico Feola dava instruções sobre como os brasileiros deviam vencer os russos. Disse ao maior ponta direita de todos os tempos do futebol mundial que ele devia driblar um, driblar dois, driblar três e cruzar para o Vavá fazer o gol.
Depois da orientação, quis esclarecer:
-- Garrincha, alguma pergunta?
Que respondeu:
-- O senhor combinou com os russos?

Queriam o gol mil do Romário no Maracanã, no dia primeiro de abril de 2007.
Só esqueceram de combinar com o Botafogo.