Carlos Heitor Cony (Folha de S. Paulo, de 11.4.2008, ilustrada -- disponível para assinantes) resenha o livro "Babies for Burning" (Londres: Serpentine Press), em que Michel Litchfield e Susan Kentish entrevistam um médico de uma clínica de abortos na Inglaterra.
Em um dos trechos, o médico diz:
"Fazemos muitos abortos tardios, somos especialistas nisso. Faço abortos que outros médicos não fazem. Fetos de sete meses. A lei [inglesa] estipula que o aborto pode ser feito quando o feto tem até 28 semanas. É o limite legal. Se a mãe está pronta para correr o risco, eu estou pronto para fazer a curetagem. Muitos dos bebês que tiro já estão totalmente formados e vivem um pouco antes de serem mortos.
Houve uma manhã em que havia quatro deles, um ao lado do outro, chorando como desesperados. Era uma pena jogá-los no incinerador porque tinham muita gordura que poderia ser comercializada. Se tivessem sido colocadas numa incubadeira poderiam sobreviver, mas isso aqui não é berçário.
Não sou uma pessoa cruel, mas realista. Sou pago para livrar uma mulher de um bebê indesejado e não estaria desempenhando meu oficio se deixasse um bebê viver. E eles vivem, apesar disso, meia hora depois da curetagem. Tenho tido problemas com as enfermeiras, algumas desmaiam nos primeiros dias."
Algum comentário?
sexta-feira, abril 11, 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
O diabo tem muitas caras, sendo a máscara do profissionalismo uma delas.
Pensei no meu pequeno Miguel e tive gana de vomitar.
Ou o beócio do entrevistado (retratado) é um fanfarrão e mente, ou ele está bem adiantado no caminho do vazio eterno.
Terrível realidade pouco divulgada pelos defensores do aborto. Terrível realidade repetida no dia a dia, quando crianças são privadas de viver dignamente, e sobrevivem em condições indignas de um ser humano.
é muito comum ouvirmos a seguinte expressão: "Neste mundo se vê de tudo" porém, é lancinante casos como esse. Que pena!!! O mundo jaz no maligno!
Postar um comentário