Postei a seguinte mensagem para meus alunos da Academia da Alma (www.seminariodosul.com.br/distancia):
"Estamos sempre em busca de uma teofania (um aparecimento de Deus como a Moisés na sarça).
Deus é o mesmo, mas nós não somos Moisés.
Será que, em lugar de buscar a "nossa" sarça, não queremos a sarça "de" Moisés? Deus não fala a cada um de nós de modo diferente? Se nosso amigo hora uma hora por dia todo dia, temos que orar uma hora também?"
Gosto de pensar, embora geralmente o esqueça, que a comunhão que buscamos com Deus não pode ter modelos prontos. Claro: saber como:
o irmão Lourenço orava, como Davi encontrava Deus na poesia que cantava à noite para espantar os lobos,
como Agostinho deixava Deus preencher o vazio de sua alma,
como João da Cruz mergulhava na intimidade com Deus,
como Lutero encontrou a paz com Deus enquanto lia o Novo Testamento,
como Juliana da Noruega se entregava a Deus como se entregasse seu corpo a um homem,
como Dietrich Bonhoeffer entendia sua própria na leitura da Palavra de Deus numa cela onde Deus não parecia estar,
como Thomas Merton meditava sobre o mundo a partir da sua clausura,
como José de Miranda Pinto esperava as respostas de Deus às suas orações
como Hélder Câmara reunia forças a partir sua reflexão numa cama tosca num quarto tosco,
como Alceu Amoroso Lima tirava alegria de sua disponibilidade para Deus,
como Martin Luther King Jr pensava no compromisso que sua fé lhe ditava,
como Larry Crabb teve uma conversa com a alma enquanto esperava uma cirurgia para o seu câncer,
é muito,
muito,
muito bom,
mas devemos buscar a Deus como nós somos para ser o que não somos a partir de onde estamos.
EM TEMPO: Sendo bem pessoal: Deus sabe: só a beleza (de um poema, de um canto, de uma frase, de uma onda na praia, de uma brisa na floresta, de um pássaro in/visível) penetra o meu coração, árido para outras expressões tão queridas aos outros.
sexta-feira, abril 13, 2007
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2 comentários:
Essa é a magnificência de Deus, apesar de ser o EU SOU, ele nos entende, e fala conosco do jeito que somos. Ele se simplifica para que possamos entendê-lo. Nós, seres humanos, é que temos mania de complicar tudo , de querermos a exuberância da apresentação de Deus, coisas extraordinárias, quando muitas vezes é só abrirmos nossas janelas da alma para enxergar a beleza de Deus.
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